21.1.09
Donde?
Donde saiu este homem? Não peço que me digam onde nasceu, quem foram os seus pais, que estudos fez, que projecto de vida desenhou para si e para a sua família. Tudo isso mais ou menos o sabemos, tenho aí a sua autobiografia, livro sério e sincero, além de inteligentemente escrito. Quando pergunto donde saiu Barack Obama estou a manifestar a minha perplexidade por este tempo que vivemos, cínico, desesperançado, sombrio, terrível em mil dos seus aspectos, ter gerado uma pessoa (é um homem, podia ser uma mulher) que levanta a voz para falar de valores, de responsabilidade pessoal e colectiva, de respeito pelo trabalho, também pela memória daqueles que nos antecederam na vida. Estes conceitos que alguma vez foram o cimento da melhor convivência humana sofreram por muito tempo o desprezo dos poderosos, esses mesmos que, a partir de hoje (tenham-no por certo), vão vestir à pressa o novo figurino e clamar em todos os tons: “Eu também, eu também.” Barack Obama, no seu discurso, deu-nos razões (as razões) para que não nos deixemos enganar. O mundo pode ser melhor do que isto a que parecemos ter sido condenados. No fundo, o que Obama nos veio dizer é que outro mundo é possível. Muitos de nós já o vinhamos dizendo há muito. Talvez a ocasião seja boa para que tentemos pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira. Para começar.
in O Caderno de Saramago
U2 at the 'We Are One' Obama Inaugural Celebration concert at the Lincoln Memorial in Washington DC
Not just an American dream but also an Irish dream, a European dream, an African dream, an Israeli dream and also a Palestinian dream
1.1.09
Bom Ano 2009
Canção do Ano 08:
Portishead - The Rip
Wild, white horses
They will take me away
And the tenderness I feel
Will send the dark underneath
Will I follow?
Portishead - The Rip
Wild, white horses
They will take me away
And the tenderness I feel
Will send the dark underneath
Will I follow?
Retrovisor 2008 - O (Meu) Mundo
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